sábado, 18 de julho de 2009

Ausência prolongada...

Há já tanto tempo que não escrevia... Até me tinha esquecido deste meu cantinho! Até um grande amigo comentar algo que escrevi há quase um ano...

Obrigada por me lembrares que posso desabafar, mesmo sem abrir a boca!

A vida não está a ser fácil para mim! Mas talvez eu também não esteja a facilitar! Penso e repenso no passado em vez de me desfazer dele!

Da última vez que escrevi, não tinha forças para mais nada senão chorar! Agora, há dias em que nem para chorar tenho forças! Sinto que as lágrimas secaram, não fazem mais parte de mim! Foram tantas as que mágoas que tentei esconder entre soluços que não consigo mais chorar!

Desde as traições às drogas, muita coisa nos afastou! A falta de respeito foi a principal. As mentiras agravaram tudo e por fim, acredito, a falta de afecto! Sim, porque a falta de amor vem de longe!

Um dia, contarei tudo! Desabafarei com o Mundo e com a minha princesa que, na verdade, é o meu Mundo!

Uma menina foi o que Deus me deu! E que menina... Mais esperta a cada dia, e mais amada a cada minuto! Não pensei que tanto amor coubesse no meu peito! E agora sei: tenho uma razão para viver!

Obrigada!

sábado, 23 de agosto de 2008

Vale a pena!






Ver o coração a bater e o bebé a mexer foram as primeiras grandes sensações. Finalmente sinto que está o ser humano a crescer dentro de mim, mesmo não sabendo o que o futuro lhe reserva.

Angústias, preocupações, tristezas, ou muitas alegrias e sossego?

Nascemos sem pedir e vivemos porque tem de ser.

Esta semana, desfiz-me num pranto que nunca tinha antes vivido. A sensação de ter o mundo a fugir-me debaixo dos pés assombrou-me. Continuo sem saber o que fazer, que atitude tomar, que decisão será a mais acertada...

Perdoar, esquecer, seguir em frente... Foi por esta que me decidi, mas não por mim! Apenas pelo bebé lindo ao qual vou dar vida, e pelo qual vou lutar, doa a quem doer!

Se me arrepender... Bem, vai ser mau! Choro há quase uma semana! Dói-me há já uma semana! Sete dias de puro sofrimento e dor. Mas para quê?!

Só agora sei a resposta: pelo meu filho!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Emoção

A maior emoção dos últimos tempos: ver o coração do meu filhote a bater! Simplesmente indescritível. Ver que tenho dois corações a bater: o meu e este, mais pequeno, mas não menos vivo!
A sensação perfeita!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Gravidez

Ah! Pois é!!!

Já não escrevo há imenso tempo, e tenho saudades! Muitas vezes, já deitada, penso que escreverei amanhã! Sem Falta alguma! Nada irá atrapalhar esse momento de descontracção e desabafo! Mas depois, o dia passa e o tempo esgota-se, sempre depressa demais para fazer tudo o que tinha planeado!

Mas desta vez, é a valer!

Vim anunciar que estou grávida! Que dentro de alguns meses, terei nos meus braços um anjinho a que poderei chamar "meu filho". Que gozo neste momento do enorme prazer e da óptima sensação que é saber que, dentro da minha vida vida, cabe outra vida, pequenina, frágil, mas desde já muito amada!

Beijinhos!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O que é?

Há dias e dias. E dias há em que não percebemos o que se passa connosco. Não entendemos o porquê de tanta raiva, de tanta ansiedade…

Respondemos torto a quem nos tem tratado direito, e não conseguimos desculpar as nossas atitudes.

Deito-me com uma lágrima acordada, e apenas adormeço quando a lágrima, inocente e muda, morre afogada na poça que se forma junto ao meu rosto. Quando acordo, não me recordo de nada. Apenas de me deitar…

Ao abrir a janela para ver como está o tempo, um sorriso nasce, inocente, envergonhado… Olho para a outra parte de mim, reflectida no espelho, e não entendo o que se passa.

Será alegria ou tristeza o que invadiu o me corpo??

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Já Gastámos as Palavras

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certezade que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de tinão há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

É Mentira

Estou vazia… Vazia de tudo, vazia de mim. Quando espreito pela janela indiscreta pela qual tento ver o mundo, nada mais vejo para além de dor e mágoa e lágrimas e gritos. Dentro de mim, nada mais há para além desse mundo que só eu vejo, mas que sou a única a não entender.

Soube que chamam a isso “vida”, mas se é do meu choro e dos meus gritos mundos que tenho de me alimentar, prefiro … Já nem sei!

O que quero?

Apenas a verdade e nem mais uma mentira. Quero chorar com a dor da verdade, mas ter a certeza que poderei sempre confiar, por mais dura que seja a realidade.

Sou livre de não aceitar a vida assim. Sou livre de correr dentro de mim mesma até encontrar um canto onde me posso refugiar e chorar até mais não. Tenho o direito de gritar sem ninguém me ouvir, e quando o grito se transformar em lágrimas palpáveis, não quero que me peçam para ter calma, porque não tenho culpa. Não pedi para viver, e muito menos pedi para que me mentissem.

Tenho inúmeros defeitos. Tantos que nem me atrevo a revelar nenhum com medo de esquecer os outros. Mas a sinceridade é algo que tenho e de que muito me orgulho. Nunca me arrependi por dizer o que penso, mesmo sabendo que jamais poderia ter o que mais amo depois.

Se não conseguir dizer uma verdade, manterei o silêncio em vez de mentir. Tudo menos mentir. MENTIR!

Perde-se a confiança nos outros. Mas o pior é que perdi a confiança em mim mesma, pois pus as mãos no fogo por quem depois mentiu. Sou ignorante ao ponto de não reconhecer em alguém o carácter mesquinho de quem conta uma mentira, com a intenção de não ser percebido.

Sinto que fiz a tal “figura de parva” de que tanta gente fala, e que foi com gosto que me enganaram. Não sinto arrependimento na atitude, e isso está a corroer o mais profundo de mim.

Já não sei viver. Não sei o que é o pudor, a vergonha, o arrependimento. Ninguém mais age de acordo com princípios aparentemente tão simples…