quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Belchior...

Miserável, vil, cruel… Estes são apenas alguns dos adjectivos que encontro para descrever esta vida pela qual nos arrastamos, muitas vezes por favor…

Acabo de chegar de Viana do Castelo. Mais precisamente de uma aldeia chamada Meixedo, onde a tranquilidade e calma foram abaladas nos últimos meses, tendo agora encontrado o limite com a morte de um menino que completaria em Setembro 5 anos de idade. Cinco anos, meu Deus… Não teve tempo para conhecer da vida senão dor e sofrimento, embora a sua força nos tenha a todos dado fé enquanto o seu pai o acompanhava nos corredores do Instituto de Oncologia do Porto. A sua irmã, de apenas 7 anos, pensou por momentos ser uma heroína, ao dar ao seu irmão o que ele mais precisava: medula óssea. Mas nem a bondade e o amor dos que o rodeavam evitaram que o pior acontecesse, no fatídico dia 21 de Agosto de 2007.

Não há palavras que descrevam a dor de todos os que o acompanharam até ao fim. Nem há palavras que descrevam a sua força, o seu amor, a sua dedicação…

Este não é um Adeus, pois nunca iremos esquecer o Belchior… Mas é um Até Sempre que guarda imensa saudade e carinho por aquele menino moreno, sempre disposto a brincar, a rir e a dar força aos outros, quando as dele já se tinham esgotado…

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