Não pára de se repetir na minha mente este poema de Fernando Pessoa. Não sei explicar porquê, mas talvez tenha apenas de ler nas entrelinhas destes versos para descobrir a resposta a todas as minhas dúvidas...
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração."
Fernando Pessoa
domingo, 7 de outubro de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário