Nem sempre encontramos as melhores palavras para expressar os nossos sentimentos. Quando pensamos saber tudo, alguém nos prova que não sabemos, na verdade, nada...
Há uma semana atrás, nada era como agora a não ser essa sensação de bem estar que me invade até as entranhas mais profundas.
Bastou um olhar... Sim, apenas um olhar para perceber que não sei nada, e que o que parece certo não o é. Naquele olhar residiu toda a minha vida, todas as minhas certezas, alegrias, desejos... O mundo parou naquele instante, sem eu perceber como. E agora percebo que estava errada, que o caminho que percorria não passava de uma prova, de uma aventura, por mais querida que ela fosse.
Já passei por algumas desventuras, desilusões, mágoas e sofrimentos inexplicáveis. Conheci quem me batesse, conheci quem me possuisse enquanto dormia, violando o meu corpo e, pior do que isso, a minha mente e a minha integridade. Conheci quem me traisse, mas também conheci quem me amasse. De tudo isso, retiro a única lição válida: chegou a hora de ser feliz, muito feliz!
Naquele olhar nasceu a certeza que há pessoas que valem tudo, que merecem tudo. E no beijo inesperado surgiu a vontade inconfundível de agarrar a oportunidade tal como ela se apresentava: nua de preconceitos, de mentiras, de enganos, de incertezas. Nasceu a certeza de que estava a fazer a coisa certa, pelo menos desta vez, naquele instante. E nasceu a minha liberdade, por poder ser eu com alguém que, tal como eu, é transparente e me confia os seus segredos mais obscuros.
Confidenciei-lhe a parte "negra" da minha vida. Mostrei-lhe o espinho que atravessou a minha mente, e fiquei muito, muito mais leve...
domingo, 18 de novembro de 2007
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