quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Novidades...

Bem, posso afirmar que estou muito feliz com o meu novo emprego. Já conhecia as pessoas com quem estou agora a colaborar, e a relação laboral é óptima.

Quanto à actualidade, estou um bocado à leste, e não tenho andado muito actualizada, mas vou tentar fazer o meu melhor...

Ao sair do meu antigo local de trabalho, deixei esta página configurada como home page para dar mais informações a meu respeito à pessoa que me irá substituir...

Beijinhos a todos... E até sempre!

terça-feira, 30 de agosto de 2005

Saudades

Pois é... Ausentei-me do meu agora antigo local de trabalho e fiquei sem tempo e possibilidade para vir à net... E isso deixa-me com saudades!

Mas quando mudamos para melhor, vale sempre a pena o sacrifício...

Sempre que tiver oportunidade, prometo vir cá dar notícias!

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Sentido de Humor



Será que somos todos como o Calvin descreve e perdemos o sentido de humor à medida que envelhecemos?

Será que chegamos a uma idade em que deixamos de saber rir, brincar, "gozar" a vida??

É importante sabermos distinguir as situações idiotas das situações estúpidas... Mas não devemos esquecer de ver sempre o lado bom das coisas, o lado mais divertido e por vezes, mais conveniente... Se levarmos a vida a rir, correrremos o risco de encontrar a felicidade. Mas não devemos exagerar para não sermos vistos como idiotas ou despreocupados!

terça-feira, 16 de agosto de 2005

Desculpa...


Este fim-de-semana, mais do que nunca, sinto que fui muito injusta contigo... Pensei mais em mim do que propriamente em nós! Olhei para os meus interesses, para as minhas vontades, para as minhas necessidades, esquecendo que também tens vida própria... E lamento tanto ter sido tão infantil...
Sempre critiquei as pessoas que tentam manipular as acções dos outros. Aquelas pessoas que, de certa forma, fazem prevalecer as suas vontades às necessidades alheias... E ontem, ao passear à beira-mar, percebi que estava a ser exactamente como elas: egoísta, egocêntrica, injusta...
O mar, com toda a sua imensidão, ouve o nosso pranto e, de certa forma, oferece-nos respostas. Sempre foi nele que me refugiei para desabafar, para chorar, para rir, para sonhar... E foi sempre ele que me limpou as lágrimas, com o vaivém delicado das suas ondas, que como mãos nos limpam o rosto. Quem me dera ser como ele... Imenso, desconhecido, enigmático, misterioso... E ter sempre forças como ele para me levantar... Como disse o poeta, "sê como as ondas do mar, que apesar de se quebrarem nas rochas encontram sempre forças para recomeçar!"
Sei perfeitamente que o facto de ter aparecido no Bom Sucesso poderá não significar muito para ti, mas quero que saibas que foi muito importante para mim surpreender-te com a minha presença! Quero que saibas que, apesar das minhas acções negativas nos últimos tempos, te adoro como nunca adorei ninguém, e te prezo como nunca prezei ninguém...
Não sei o que viste em mim, nem tão pouco o que continuas a ver, e fico muito lisonjeada por fazeres parte da minha vida, e por partilhares comigo a tua.
Mais uma vez te peço: DESCULPA!

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Eu e você


Eu e você! Não é assim tão complicado, nem é difícil perceber quem de nós dois vai dizer que é impossível o amor acontecer. Se eu disser que não sinto nada, que a estrada sem você é mais segura, sei que você vai rir da minha cara. Eu já conheço o teu sorriso e leio o teu olhar. O teu sorriso é só disfarce, e eu já nem preciso. Sinto dizer que adoro mesmo. Está ruim para disfarçar. Entre nós dois não cabe mais nenhum segredo além do que já combinámos. No vão das coisas que a gente disse, não cabe mais sermos somente amigos. E quando eu falo que já nem quero, a frase fica pelo avesso, meio na contra-mão. E quando finjo que esqueço, eu não esqueci nada. E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais. E te perder de vista assim é ruim de mais. E é por isso que atravesso teu futuro e faço das lembranças um lugar seguro. Não é que eu queira reviver nenhum passado, nem revirar o sentimento revirado, mas toda vez que eu procuro uma saída acabo entrando sem querer na tua vida. Eu procurei qualquer desculpa para não te encarar. Para não dizer, de novo, e sempre a mesma coisa. Falar só por falar: que eu já não estou nem aí para essa conversa, que a história de nós dois não me interessa. Se eu tento esconder meias verdades, você conhece o meu sorriso, lê o meu olhar. Meu sorriso é só disfarce, o que eu já nem preciso.

Futuro sem cor

Há dias mais complicados do que outros... Há uns tempos atrás, escrevi sobre olhar para o passado, e sobre a dificuldades de recordar certas coisas. Hoje, o que me atormenta é o futuro, e as incertezas que ele acarreta.

Gostaria tanto de poder olhar para a frente com esperanças... Mas estar longe de quem amamos é complicado, mesmo quando arranjamos um bocadinho para compensar certas falhas... Fazemos de tudo para nos sentir mais próximos do outro, mas nunca nos sentimos suficientemente preenchidos com os telefonemas, as deslocações aos "locais de trabalho", as idas à net e as actualizações de blogs...

Não há pior solidão que estar no meio de uma multidão e sentirmos a falta de uma pessoa, sentindo-nos deste modo demasiado sós para estarmos animados. Podemos ir para discotecas para ver se o ambiente festivo nos anima, podemos ir às compras ou ver um filme para nos distrairmos, mas quando olhamos para o lado e não está quem nós queremos, nada do que fazemos tem sentido... O filme fica sem cor... Na discoteca, a música é triste... Nas lojas, nada nos agrada...

E resta-nos apenas a esperança de que algo mudará, e de que melhores tempos virão...

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

De A a Z

Apesar de já ter feito uma descrição minha recentemente, achei que poderia ser engraçado pegar nas letras do alfabeto e traduzi-las em adjectivos que me descreveriam, muito sucintamente. As palavras que coloquei foram as primeiras ideias que me ocorreram, pois dizem que são, geralmente, as mais sinceras. As letras K, W, X e Y não irão constar dessa minha lista, pois encontrar uma palavra relacionada comigo começada por elas seria forçado e, por isso, pouco sincero.


A - Amiga dos amigos
B - Beijoqueira
C - Ciumenta
D - Doida, mas com medidas
E - Elegante, nas ocasiões
F - Fiel
G - Gulosa
H - Hilariante
I - Inteligente
J - Jovem
L - Lacunosa
M - Mimada
N - Nervosa
O - Observadora
P - Pontual (quando o despertador toca...)
Q - Quieta
R - Respeitadora
S - Sorridente
T - Trabalhadora
U - Única
V - Vaidosa
Z - Zelosa

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Portugal em chamas


Este era o cenário de ontem do nosso pequeno Portugal, o país mais negro nesta altura do ano, em que as únicas manchas brancas não são nuvens, mas o fumo dos incêndios que lavravam no dia 04 de Agosto de 2005 nos concelhos de Aveiro e Leiria.

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

Incêndios da minha zona...

Mata nacional de Leiria volta a arder

Dois anos depois, a mata nacional de Leiria voltou, ontem, a arder. Desta vez, as chamas deflagraram perto da praia das Pedras Negras, a poucos metros da Estrada Atlântica, no concelho da Marinha Grande. À hora do alerta, 10.48 horas, não se registavam outros incêndios no distrito de Leiria, pelo que "foi possível mobilizar rapidamente meios suficientes para impedir a propagação do fogo", explicou o comandante distrital dos bombeiros e Protecção Civil, José Manuel Moura.

Os 115 homens de 12 corporações, auxiliados por 27 veículos e cinco meios aéreos - três heli-bombardeiros e dois aviões ligeiros -, rapidamente circunscreveram o incêndio, apesar do intenso vento que se fazia sentir. Pelas 12.30 horas, iniciaram-se os trabalhos de rescaldo. A origem das chamas é desconhecida, tendo estado no local inspectores da Polícia Judiciária. Populares que se encontravam na zona, e que se deslocavam para a praia, levantam suspeitas de crime, lembrando que, em 2003, precisamente a 2 de Agosto, surgiram os primeiros focos de um violento incêndio, que destruiu cerca de 2.600 hectares de pinheiro bravo, cerca de um quinto do total da mata. "Eu não acredito em coincidências...", afirmava um homem.

Na sequência desse fogo, recorde-se, as autoridades identificaram seis suspeitos. Desses, dois eram menores e um nunca foi encontrado, pelo que, apenas foram a julgamento três indivíduos. Foram considerados inimputáveis, em Julho de 2004.

Helena Simão (Jornal de notícias – Edição de 03 de Julho de 2005)

Incêndio destrói viatura dos Voluntários de Leiria
Prejuízo > Perda de pronto-socorro afecta corporação Coincidências > Eclosão de dois incêndios em zonas distintas de Monte Redondo levanta suspeitas

O violento incêndio que assolou segunda-feira o lugar de Graveto, na freguesia de Monte Redondo, vai ficar para sempre na memória dos Bombeiros Voluntários de Leiria, que ali perderam um pronto-socorro ligeiro. A primeira viatura que a corporação viu arder “em combate”. Porque “é de guerra que se trata”, adianta o comandante José Almeida Lopes ao REGIÃO DE LEIRIA.

No Graveto, estiveram casas em perigo, além de uma serração e uma pecuária. Valeu a pronta intervenção de 87 bombeiros de dez corporações, auxiliados por 26 viaturas, um helicóptero e dois aviões ligeiros, num momento em que as condições não poderiam ter sido mais adversas: altas temperaturas, reduzida humidade do ar, ventos muito fortes e terreno sinuoso.

A mudança dos ventos acabou por projectar as chamas para o local identificado, “à partida, como a traseira do incêndio e onde foi colocado o pronto-socorro, impedindo a sua retirada. Os cinco elementos que nele seguiam viram-se obrigados a fugir, tendo uma bombeira sofrido queimaduras ligeiras . “O fenómeno foi de tal modo violento, que impediu o helicóptero de socorrer a viatura”, afirma o comandante.

Segundo Almeida Lopes, que garante terem sido cumpridas todas as normas de segurança, a perda da viatura representa um enorme prejuízo, não tanto pelo valor em causa - cerca de 40 mil euros - que espera ver ressarcido com a sua reposição, mas porque a corporação tem “poucas viaturas ligeiras para o combate a incêndios no norte do concelho”. E porque afectou psicologicamente a corporação.

O comandante levanta ainda suspeitas quanto à origem do incêndio, nomeadamente por ter deflagrado três horas depois de um outro, na mesma zona, mas não tão perto que pudesse resultar de um reacendimento. “Nada tinha a ver com a ocorrência das 13h23”, frisa Almeida Lopes, considerando que a dimensão da área afectada - cerca de oito hectares - não traduz a violência do incêndio que obrigou os bombeiros a “trabalhar no limite”.

Martine Rainho REGIÃO DE LEIRIA, Edição nº3564 de 08 de Julho de 2005

quarta-feira, 3 de agosto de 2005

terça-feira, 2 de agosto de 2005

Fotos...?!


É engraçado como há coisas na vida que parecem tão mal feitas... Passo a explicar:
Odeio que me fotografem, pois nunca gosto do resultado final... Contudo, foi através de uma simples e indesejada fotografia que conheci a pessoa que hoje preenche os meus pensamentos...
Em pequena, achava que tinha jeito para modelo fotográfico, e adorava passar em frente de qualquer objectiva... Se fosse hoje em dia, concerteza apareceria em muitas fotos publicadas na secção dos "Emplastros" da revista masculina FHM. Mas com o tempo, ganhei vergonha e comecei a fugir a sete pés de câmaras fotográficas e de vídeo. Talvez por isso o resultado seja sempre tão desagradável! Nunca somos bons a fazer algo de que não gostamos...
Quem sabe com tempo e paciência não volte a passar por largas sessões fotográficas... Nem que seja apenas para mostrar aqui como é a embalagem que contém a essência que se lê!

Identidade


Essas são algumas coisas sem importância e esquisitas a saber sobre mim:

* Eu falo sozinha. Muito. Podem conversar e perguntar-me o que quiserem saber de mim durante o meu sono, que eu conto e nem me lembro do que contei no dia seguinte.
* Odeio que me interrompam quando estou a falar!
* Não aprecio salada de tomate, mas adoro o molho que fica depois no prato.
* Gosto muito de ler, principalmente romances, e adoro comprar livros.
* Odeio ir ao médico, só vou quando estou morrendo (sobretudo se falarmos de dentistas...).
* Não sou fotogênica, talvez por odiar que me fotografem! .
* Esqueço datas de aniversário. Já cheguei inclusive a esquecer-me do meu.
* Pareço estar longe e sou muito sossegada na maior parte do tempo, mas quando a ansiedade ataca, sou terrível e insuportável.
* Não uso relógio. A sensação de ver o tempo a passar torna-me irrequieta.
* O meu pai costumava chamar-me "Xani", até ao dia em que lhe pedi para não o fazer.
* Não gosto de ovos fritos.
* Quando fico apaixonada, perco completamente a concentração para a maioria das coisas.
* Um dos meus desportos favoritos fazer compras.
* Estou sempre com frio nos pés. Durante o verão, gozam muito comigo por andar de meias quando estou em casa.
* Ouço o "Oceano Pacífico", da RFM, antes de dormir.
* Para acordar, tenho dois despertadores. Se me esquecer de ligar um deles, adormeço com facilidade. E gosto de acordar em cima da hora.
* Tenho medo de alturas e aranhas.
* Adoro surpresas, daquelas que são completamente inesperadas e nos provocam calafrios. Fico durante horas com um sorriso "estúpido" na cara...
* O filme da Disney que mais gosto é "O Rei Leão".
* Adoro o cheiro de incenso, e de estar rodeada de velas acesas no meio da escuridão.
* Sou curiosa e discreta em proporções torturantemente iguais.
* Fecho os olhos pelo menos uma vez enquanto estou a comer um chocolate ou algo que ache muito gostoso.
* Adoro gatos, e costumava levar todos os animais perdidos para casa, até ao dia em que a minha mãe se chateou comigo...
* Quando fico irritada, fico quieta, mas começo as mexer incessantemente as mãos .
* Fico extremamente triste no natal.
* ...

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

Mudança


Não deveríamos aceitar um monte de coisas que nos empurram dia-a-dia para o pior de nós mesmos. Porque aos poucos, acreditamos que o pior é só o que temos, e só o que merecemos, e é tão fácil acreditar no pior...

Não deveríamos aceitar ser desrespeitados, maltratados, humilhados, diminuídos. Não deveríamos mesmo aceitar que nos ensinassem como viver, já que viver é uma coisa que toda a gente nasce sabendo. Não deveríamos deixar que nos roubassem o brilho, o sorriso, a vontade, o desejo, e até o que temos de ruim. O que temos devia ser só nosso, para darmos a quem, como, onde e da forma que quiséssemos. E devia ser assim sempre. A nossa vida só nossa.

A mesma vida que nos provoca a vontade de lutar, crescer, respirar, querer, pode ser diminuída em beleza e importância pela falta de vontade de mudar. Mudar, essa coisa que toda a gente devia fazer a todo o momento, mas que, sabe-se lá por quê, esquecemos o caminho, e passamos a temer mais que tudo no mundo.

sexta-feira, 29 de julho de 2005

Aos indefesos...

Desde pequena, sempre nutri uma grande admiração pelo Tweety. Não sei se seria a sua cabeça avantajada ou o medo de ele ser comido pelo gato que me despertavam todo o interesse, mas chorava sempre que o via numa situação de maior perigo.

Agora percebo que sempre gostei de proteger os mais fracos, os mais pequenos, os mais indefesos. Sempre me preocupei com aqueles que não tinham tantas capacidades para se defender como necessitariam... E sempre fiz de tudo para que esses não sofressem! Preferia absorver todas as dores, todos os prantos, todas as mágoas deles do que vê-los amargurados! E talvez por isso me tenha habituado a sofrer calada, a chorar em silêncio, a não aliviar os meus anseios em desabafos inúteis.

Conheço um provérbio oriental que diz o seguinte:

"Se tem remédio, porque te queixas? Se não tem remédio, porque te queixas?"

E a verdade é essa mesma: não vale a pena queixarmo-nos de um problema se sabemos que ele não irá mudar...

segunda-feira, 25 de julho de 2005

Mãe


Quando não me lembro do caminho para chegar mais depressa a algum sítio,
Ou que caminho eu tenho de seguir para fazer a coisa certa na vida;

Quando preciso de um conselho sincero sobre que roupa vestir para ficar mais elegante para sair,
Ou preciso de um conselho sobre o que fazer diante de um dilema da vida;

Quando quero saber quantos ovos tenho de colocar no bolo que tanto gosto,
Ou quantas vezes posso bater com a cabeça antes de chegar ao meu limite;

Quando sinto uma dor imensa no corpo, aquela de gripe, e sinto a falta de alguém que me faça uma sopinha e me traga remédio,
Ou sinto uma dor imensa na alma, que só um colo seguro poderia sarar;

Quando preciso de alguém que me defenda das pessoas maldosas,
Ou do mundo, que me ataca ferozmente parecendo que vai arrancar um pedaço;

Quando sinto orgulho de um desenho, um texto, ou qualquer coisa que eu faça,
Ou me dá aquela vontade de lembrar de alguém de quem eu me possa orgulhar;

Quando me dá vontade de comer aquele pudim de leite delicioso,
Ou me dá vontade de me alimentar de palavras de carinho e companheirismo;

Quando preciso de uma boa bronca para deixar de ser bagunceira e arrumar melhor o meu quarto,
Ou quando preciso que alguém me chame à atenção sobre os coisas que cometo comigo mesma e com os outros;

Quando me sinto bem em família no Natal,
Quando quero ter a certeza que vai haver sempre um lugar para mim nesse mundo,
Quando preciso falar com alguém que me conhece melhor do que ninguém,
Quando o meu orçamento acaba ao fim do mês,
Quando estou tão cansada que não quero fazer mais nada,
Quando preciso de tomar decisões éticas e estéticas,
Quando preciso de um exemplo de mulher e de amor,
Quando me quero sentir amada, aprovada e amparada,
E quando eu quero dar o meu amor a alguém que eu sei que o merece por tudo o que fez por mim,

Tudo o que eu consigo pensar é:
"EU QUERO A MINHA MÃÃÃEEEEEE!!!!!!!!!"

sexta-feira, 22 de julho de 2005

Um Anjo caiu do Céu!

Se, por alguma infelicidade imensa, ainda não encontraste, com certeza um dia encontrarás. Ou melhor, é bom prestares atenção porque, com certeza, eles estão por perto. Geralmente, eles aparecem de repente, mas pode ser também que estejam por perto há tanto tempo que tu nem te lembres quando chegaram. O facto é que eles existem. Gente especial. Especialíssima.

São mais ou menos assim: riso largo, voz mansa, gestos suaves, olhos atentos e trazem consigo um ar tão leve, tão saudável, que te fazem lembrar como é bom respirar. Não têm medo de tocar, de abraçar, de beijar, de fazer um afago no cabelo, de sorrir para quem não conhecem. Dizem o que pensam e sentem com paciência, mansidão e compreensão dos limites dos outros. São queridos por todos - nem os invejosos conseguem ter raiva deles. Não se vê esses seres fazerem coisas como fofocas, intrigas, maldades gratuitas. Humanos que são, têm defeitos, mas são tão poucos que nem são relevantes. Educados, sensíveis, simples, amáveis, íntegros, sábios, positivos - certas pessoas são tão capazes de te fazer sentir tão melhor que te fazem pensar - e eventualmente dizer - que anjos de vez em quando caem do céu pra iluminar a vida dos pobres mortais aqui da Terra.

Um anjo é isso mesmo - alguém que cuida de ti, ao mesmo tempo tão perto e tão longe, que te segura quando cais. Que é sincero sem ser grosseiro. Que é doce sem ser palerma. Que é sorridente sem ser idiota. Que é optimista sem ser ingênuo. Que é sábio sem ser presunçoso. Que é silencioso sem ser omisso. Que é radiante sem ofuscar o resto ao seu redor. Pessoas que são tão fofas, tão geniais, que sempre que te lembras delas, acabas sorrindo.

Aquela vizinha que diz um "bom dia" fervoroso sempre que passa por ti. Aquele senhor que encontraste no autocarro e desejou que tua vida fosse abençoada, como se fosse teu pai, só porque cedeste o teu lugar para ele se sentar. Aquele amigo que nunca viste de "cara feia", e que aguenta os teus maus humores bravamente. Aquela senhora que trabalha contigo e pousa a mão no teu ombro, solidária, quando estás cansadíssimo, sussurrando - "calma, querido, o dia já vai acabar". Aquele outro amigo que manda um cartão, telefonema ou e-mail inesperado dizendo o quanto gosta de ti e deseja tudo de bom. Aquela tia que nunca viste alterando o tom de voz. Aquela pessoa que tem sempre algo de bom para dizer, e que não usa de ironia, ou de sarcasmo barato para disfarçar as suas próprias fraquezas. Gente para quem palavras como "amo-te", "desculpa", "estou aqui", "tenho saudades" não constituem um trava-língua. Gente boa mesmo, gente de bem, gente que faz diferença por aí e nem espera nenhuma espécie de pagamento por isso. Gente para quem nada é difícil, que está por aí para facilitar para os outros. Gente para quem toda a gente olha e diz - "Fulano? Ah, aquele sim, é uma pessoa realmente ESPECIAL!".

Essas pessoas, além de saber o quê, sabem quando fazer algo que pode mudar o teu dia para melhor. Um telefonema, um toque, um sorriso, um olhar compreensivo, uma frase, e pronto. Elas literalmente conseguem salvar o dia.

"Não existiria som se não houvesse o silêncio...
Nâo haveria luz se não fosse a escuridão...
A vida é mesmo assim:
Dia e noite, não e sim."

Felizmente, encontrei o meu Anjo. Uma pessoa realmente especial, que com um simples gesto, um mero olhar ou um sorriso sincero me anima e melhora o meu dia.

quarta-feira, 20 de julho de 2005

O que sinto

Cá dentro a dor tortura,
Não esquece um segundo.
Lá fora a dor perdura,
Mas é tapada pelo mundo.

Cá dentro o tempo é lento,
E a dor explode a crescer.
Lá fora rasga a pele o vento,
E a luz faz os olhos arder.

Cá dentro há tristeza e paz,
Fico mais longe cada dia.
Lá fora tudo é mais fugaz,
A raiva, o medo, a alegria.

Cá dentro é tudo mais fácil,
O silêncio, o escuro, a solidão.
Lá fora sinto-me mais frágil,
Mas morre a dolorosa ilusão.

Desistir...

Desistir!

Por vezes, um sinal de fraqueza... Outras, prova de sensatez! No meu caso, desespero, talvez...

Aguentar tanta dor, tanta má disposição, para quê? No fim, seremos reduzidos a pó, quer tenhamos ou não lutados para ter uma vida mais ou menos digna de ser recordada. E as forças começam a desaparecer. E a cada passo, o meu corpo pede descanso, como se tivesse andado sem parar durante horas a fio...

Deixei de saber o que pensar. Não sei mais o que fazer! Só me apetece desistir deste suplício, deixando para trás o pouco que fiz, e talvez uma ou duas recordações para algumas pessoas mais queridas...

Mas desta vez, as forças que me restam vêm de fora... Afluem de quem me pede para não desistir... Aparecem de quem me diz lutar comigo até ao fim, dê por onde der, doa a quem doer!

Mas não posso fazer promessas que não sei se terei coragem de cumprir... E prefiro subjugar-me ao silêncio, no qual encontro paz!