sábado, 14 de abril de 2007

Primavera

Finalmente é primavera. Já não era sem tempo. Vou poder frequentar novamente locais secretos sem que o frio incomode, e sem ter receio de uma queda de água repentina.
Não sei se o meu cúmplice de CR ainda lê este blog enfadonho, mas se ler, e sendo esta a única forma segura que nos resta para comunicar, quero apenas lembrar que quando quiseres, podemos voltar lá.
Espero que o assunto seja mais alegre, mas mesmo não o sendo, sabes que podes contar com o túmulo que é a nossa sincera amizade.
Fora isso, a minha vida nunca esteve melhor. O trabalho está óptimo, sendo as tarefas que me são atribuídas cada vez mais importantes, uma vez que requerem cada vez mais responsabilidade. E embora coloque há cerca de um ano o trabalho em primeiro lugar, arranjo agora tempo para dedicar a quem me tem apoiado imenso, não só com a sua paciência, confiança e sábios conselhos, mas também com o seu amor e carinho infinitos.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Adeus

É com grande tristeza que tive de me despedir ontem do meu querido avô. Sabemos sempre que o dia há de chegar, mas nunca estamos prontos para aceitar a verdade quando acontece.

Já há algum tempo que sabíamos que iria chegar o duro momento da despedida, e todos confessámos que não esperávamos que demorasse tanto a chegar, mas agora também percebemos que não conseguímos preparar o suficiente para receber a notícia.

Relembrei inúmeros momentos passados com ele, e todos eles são belos e cheios de sentimentos. Sempre pude contar com ele, e ele sempre olhou para os netos como as coisas mais lindas deste mundo. O nascimento da minha afilhada deu-lhe anos de vida em apenas algumas semanas, e era um prazer ver a cumplicidade que os unia.

Mas a vida tem dessas coisas. Quando tudo parece estar bem, algo acontece que nos faz pensar na razão de existir.

Em apenas dois dias, voltei a pesar os prós e os contras da minha existência. Primeiro com o acidente do Nuno na segunda-feira, e depois com a morte do meu avô na quarta. Mas sei que tenho de ter força, que não me posso deixar ir abaixo e sobretudo, que tenho amigos maravilhosos prontos a dar-me a mão sempre que eu precisar.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Já não escrevia há imenso tempo... Falta dele?! Nem por isso. Tenho tido muito trabalho, sim, mas nada que me impeça de dedicar alguns minutos à escrita.

Depois do meu regresso ao trabalho, em Outubro, tenho-me aplicado mais nas tarefas diárias, e isso tem-me esgotado bastante, embora este cansaço seja de certa forma gratificante. Sinto finalmente que sou útil e que a minha ausência faria alguma diferença se tivesse de ser sofrida.

Por outro lado, tenho o meu avô internado, em coma, no Hospital da Gala, e daria tudo para o tirar de lá, mas a verdade é que ele não se levantará jamais para voltar para casa. De qualquer forma, a força dele tem sido notada por todos. Contudo, não sei se rejubile ou não ao saber que ele tem aguentado com imensa agonia os últimos tempos.

A passagem de ano foi uma "treta". Adorei ter a companhia da Mónica, do Nuno e do Edgar. Seriam certamente as pessoas que escolheria para me divertir, não fosse a dor que sinto sempre que penso no meu Silvério.

Mais do que nunca, tenho pensado ultimamente nos momentos de alegria que o meu avô me proporcionou, e continuo a sentir a falta de lhe dizer o quanto gosto dele, embora o repita constantemente em secretos desabafos. No silêncio que reina junto à cama 3 da Medicina, grito a pleno pulmões que daria a vida para o ver bem, mas ninguém me ouve. Talvez por entre alguns murmúrios ele me ouça, como por telepatia. Pelo menos, reina no meu peito essa esperança, juntamente com a certeza de que o nome dele jamais sairá do meu coração.

E enquanto dedico estas palavras ao meu avô, o tempo passa, incessante. O tempo do qual esperamos tanta vez que nos traga coisas boas, momentos felizes, reencontros emocionantes. Este tempo que por vezes parece tão parado, mas que passa tão depressa quando menos queremos. Enfim, o mesmo tempo feito de longos minutos que nos traz as más e as boas notícias.

E como nem agora o tempo parou, tenho de seguir em frente, para que um dia o meu avô, de onde quer que seja, se possa orgulhar de mim.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Recuperação

Passaram mais uns dias desde que aqui vim pela última vez, e apesar de não ter acontecido nada de importante, posso dizer que muita coisa mudou. Sinto-me mais leve, mas também mais ausente. Lembro-me de estar num ambiente e o sorriso no meu rosto ser uma constante. Contudo, presentemente, sinto que me escondo atrás de uma cortina de insegurança difícil de transpor. Custa-me ver a felicidade dos outros, ao mesmo tempo que me deixa imensamente animada verificar que as pessoas que me rodeiam estão felizes.

Sei que tenho de ganhar coragem para afastar o véu por detrás do qual me escondo. Tenho de me esforçar um pouco mais para ser a pessoa alegre e optimista que sempre fui.

Leio os últimos textos que aqui escrevi e reconheço a rapariga que a minha mãe encontrou desesperada há umas semanas atrás, a falar em suicídio e falta de tudo: amizade, carinho, ambição, memória…

Quero sair desta sepultura que eu própria cavei e mostrar que ainda existe aquela Sandrine que está sempre pronta a enfrentar os problemas e a ajudar a resolver os dos outros. Não quero mais ser um mono deixado num qualquer canto por não falar, não rir, não reagir…

Sei que consigo ser mais do que um triste lamento que recorda o passado como se dele dependesse o futuro.

Tive os meus infortúnios, sim. Mas há quem esteja pior que eu. Fui abandonada, abusada, gozada e deixada ao acaso, mas reencontrei agora as forças que me faltavam para me levantar.

P.S.: Ao louCo que ouve o outRo pergunto: como estás? Como está essa vida que o mar separa em duas partes iguais, sem que água alguma consiga unir? Sabes que juntamente com a areia há sempre uma louca pronta a ouvir-te e apoiar. Beijito especial!

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Palavras para quê??

Palavras para quê?? Estou de baixa e acabo de sair do psiquiatra. Há alguma coisa melhor nesta vida qe os amigos verdadeiros que nos apoiam mesmo quando sabem que estamos finalmente loucos??

Há os amigos presentes e os mais ausentes, mas a verdade é que existem amigos a quem quase podemos apelidar de irmãos.

Obrigada aos amigos que há, mesmo que tenham de permanecer "anónimos".

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Desisto!

É lamentável chegar à conclusão que tenho de desistir de encontrar pessoas 100% sinceras... Embora tenha tido algumas provas de amizade nos últimos tempos, percebi ontem que nem tudo o que luz é ouro, e nem mesmo omais cândido olhar nos deve convencer das suas boas intenções.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Férias

Pois é! Estou de férias há duas semanas e tenho a sensação de ter estado a trabalhar até ontem. E daqui mais uma semana, lá estarei, pronta a atender os telefonemas e a aceitar as reclamações dos clientes. Mas muito sinceramente, não me apetece nada voltar a esta rotina desprezível a qual chamo muito carinhosamente "VIDA".

Deixei de poder comunicar com uma das pessoas que muito me apoiava, pois a desconfiança de terceiros tomou forma na nossa relação de amizade, e impede qualquer contacto.

Mas tenho conhecido gente nova e tenho contado com alguém que há dois meses era para mim apenas uma vizinha. Tenho saído com ela tanto quanto possível e verifiquei que, por vezes, não imaginamos que alguém pode ser tão simples e sincero, com um misto de seriedade e boa disposição.

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Sentido

A vida perdeu todo o sentido... Sinto que perdi os amigos, o amor, e agora a família. Sinto que estou a mais, que só dou trabalho. E não faz sentido nenhum viver com a sensação de ser um estorvo para os outros. Apetece-me fugir para bem longe, para um lugar distante onde ninguém me veja e onde as minhas lágrimas não tenham de se conter. Queria poder chorar até não ter mais água no corpo, e até não sentir absolutamente mais nada...

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Traição

Que um rapaz me vire as costas, eu até aceito. Posso espernear, chorar, gritar, mas no final chego a conclusão que tudo aconteceu pelo melhor. Mas que uma amiga deixe de me falar do dia para a noite... Fiquei boqueaberta, parei, reflecti e fiz uma retrospectiva de todos os momentos que passei com ela, para descobrir onde errei. Mas a conclusão foi nula. E pior, falei com ela na espectativa de obter respostas e ainda fiz "figura de ursa".

Mas sei que no meio de toda esta agitação acabei por encontrar bons amigos, daqueles que toda a gente inveja pela sua simplicidade e companheirismo. E descobri que nem toda a gente é igual, pois ainda há quem seja capaz de não prometer nada, de viver apenas o dia presente sem criar espectativas para o futuro. E a estes amigos, agradeço o apoio, a compreensão e a paciência que têm tido para me aturar...

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Derrota...

Pois é, pois é... A nossa grande selecção vai voltar para casa com um 3.º ou 4.º lugar "apenas".

Chegámos onde muito não acreditavam que seria possível, deixámos pessoal para trás (os ingleses, por exemplo !-) E agora, é a nossa ver de ficar a assistir.

Mas apesar desta derrota contra a França, a nossa selecção está de PARABÉNS!

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Amor Próprio

Descobri o porquê de tanto sofrimento... Amo sempre mais os outros do que me amo a mim, e isso faz-me esquecer o que está correcto quando se trata de ser feliz!

Deixo que me pisem, que me usem, que abusem de mim. E sofro com isso, obviamente. Mas penso sempre que a cedência é a melhor forma de lidar com tudo. Sempre que me chamam, estou disponível. Sempre que me ligam, tenho o telemóvel à mão. E sempre que me magoam, perdoo sem limites.

Mas chegou a hora de dizer "Basta!", ou como me disse um amigo, está na hora de "abrir a pestana", pois ninguém me vai agradecer de futuro tudo o que faço hoje. Nem ninguém me vai compensar jamais por tudo o que abdico!

Daqui para a frente, vou cultivar o "Amor Próprio"!

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Filosofia...

What do you do when the only person who can make you stop crying is the person who made you cry?

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Tudo vale a pena...

Há dias em que nos irritamos, esperneamos, gritamos, choramos e dizemos tudo o que pensamos... sem pensar duas vezes!

Depois, arrependemo-nos, choramos mais um bocado, tememos perder tudo e, pondo o orgulho de lado, pedimos desculpas!

Mais tarde, somos perdoados, rimos (ou choramos de alegria), pulamos e juramos não repetir o momento infeliz em que perdemos a cabeça...

Até que um dia, tudo se resolve da melhor forma e somos felizes para sempre!

Conclusão: tudo vale a pena. Basta acreditar!

terça-feira, 13 de junho de 2006

Fim...

Quero pura e simplesmente desaparecer, não ter de ver mais caras que me recordam sofrimentos passados, rostos que me dizem que sofrimentos futuros virão e encarar pessoas que participam no meu sofrimento diário.

Há dias que são realmente bons, mas de forma alguma compensam os maus dias que se seguem.

E afinal, se já sabemos que o nosso destino é a morte, porquê adiá-la, sujeitando-se a mais sofrimentos? Não seria mais correcto viver apenas os momentos felizes, optando por um fim quando eles se desvanecessem?!

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Desabafo

Mais um fim de semana passou. Mais 2 dias de expectativas frustradas e incompreendidas.

Depois de 5 dias de pura agonia, durante os quais planeei um fim de semana calmo, apenas posso concluir que não vale a pena fazer planos, pois tudo se desvanece quando a hora chega e apenas nós queremos muito que tudo aconteça.

Para os outros, apenas a sua opinião conta. Apenas a sua vontade de ter um verão cheio de diversão, de saídas nocturnas previstas como magníficas importa. As palavras de consolo são um mero "Não te quero magoar, não quero que nos chatiemos...", mas a verdade é que a indiferença e o silêncio presente magoam mais do que os comentários que estou disposta a ouvir e pôr para trás das costas...

terça-feira, 6 de junho de 2006

(In)Definição

Sinto-me tão pequena, como que reduzida a uma minúscula bola de ping-pong... Mas esta sensação não se deve à minha pequenez nem à minha palidez, mas sim ao sentimento de estar a ser empurrada de um lado para o outro e vice-versa, sem fim à vista.

Promessas... Odeio promessas... Já lá vai o tempo em que me prometiam algo e cumpriam, como se a própria vida dependesse disso. Agora, o verbo "prometer" é um mono na gramática portuguesa, que anda de mão dada com "amar".

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Insegurança

Insegurança, sinónimo de incerteza, inquietação, intranquilidade. Insegurança, termo vil que define na perfeição o meu estado de espírito depois de mais um fim de semana agitado.

terça-feira, 23 de maio de 2006

Mudança

O tempo passa. Olhamos para trás e vemos que tomámos decisões por vezes precipitadas, apesar de terem sido muito desejadas no momento. Não nos arrependemos, mas sabemos que se o tempo voltasse atrás mudaríamos algumas coisas.

"Se soubesse o que sei hoje, teria feito de forma diferente". Quem nunca pensou ou exclamou isso?

Se eu soubesse, não teria tentado esquecer alguém com outra pessoa.

Se eu soubesse, não me teria aventurado em conhecer a família de alguém tão cedo na minha relação.

Se eu soubesse, não tinha apresentado a minha família ao meu companheiro antes de ter absoluta certeza do que queria.

Se soubesse, não teria deitado tudo a perder de um dia para o outro...

Enfim, se o tempo voltasse atrás, já teria feito o que estou a fazer hoje, sem pressas nem demoras, sem medos nem vergonhas. Teria lutado por quem queria desde sempre, em vez de virar as costas aos meus sentimentos para abraçar uma ilusão, que confesso teve momentos muito agradáveis, e em que senti muita vez que encontraria o meu futuro.

Mas basta um erro para tudo se desvanecer. Pensamos nos sentimentos e vem-nos à memória algo que pensávamos ter esquecido. Não esquecemos esse erro, porque o consideramos demasiado grave, e a ideia de outra pessoa não nos deixa seguir em frente, como se nada fosse.

Decidi divertir-me com pessoas de quem realmente gosto: os meus verdadeiros amigos. Tenho saído como há muito não acontecia, e tenho aproveitado todos os momentos para dizer aos que adoro o quanto são importantes para mim. Descobri amizades que não imaginava serem possíveis, e tenho enchido o ar que me circunda com um riso autêntico...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Ausência...


Não há um momento certo, nem um dia marcado!

Não é pre-anunciado por qualquer sinal do exterior.

Nada nas atitudes e na paisagem é diferente do habitual! O sol não nos manda recados! Seja como for, sentimos que chegou o momento.

Quem fica sofre, quem vai não sente mais. De repente, um aglomerado de gente se junta, apenas com uma coisa em comum: a tristeza de ter perdido alguém que lhe era mais ou menos querido.

Querido Carlos, todos sentiremos a falta do teu sorriso, da tua juventude, das tuas atitudes. E quando todos se juntarem para ir cantar para as almas, a tua falta será maior que nunca, pois pela primeira vez não esarás lá fisicamente, mas aquele momento ser-te-á dedicado tanto quanto possível.

Beijos eternos...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

Finalmente...


Finalmente, podemos dar por concluída esta quadra festiva. E não digo isso por não gostar de festas, mas por estar cansada de tanta comida, tanta bebida, tanto SMS alusivo à quadra, e de tanta música natalícia nas ruas da cidade.

Nem posso falar muito mal do Natal, mas arranjo muitas razões de queixa para a transição de 2005 para 2006... Posso afirmar que passei o primeiro a rir e o segundo a chorar, o que não me faz ter grandes espectativas para este novo ano.

Afirmo com todas as letras que 2005 foi um ano em grande, pois conheci o meu anjo e assumi com ele uma relação como nunca tinha tido antes. Ganhei a minha independência ao sair de casa dos meus pais para ir viver com ele, e mudei de emprego...

E este ano, o que me resta a viver? Quais serão as novidades que poderei anunciar a todos e que tornará este ano num ano digno de registo?

Tenho a certeza que farei muitas novas amizades das quais me lembrarei para sempre, e espero ser capaz de manter as minhas relações actuais, fortalecendo-as até.

E com isso me despeço, aguardando ter mais tempo para postar o que me faz feliz e me incomoda...