sexta-feira, 18 de julho de 2008
Gravidez
Já não escrevo há imenso tempo, e tenho saudades! Muitas vezes, já deitada, penso que escreverei amanhã! Sem Falta alguma! Nada irá atrapalhar esse momento de descontracção e desabafo! Mas depois, o dia passa e o tempo esgota-se, sempre depressa demais para fazer tudo o que tinha planeado!
Mas desta vez, é a valer!
Vim anunciar que estou grávida! Que dentro de alguns meses, terei nos meus braços um anjinho a que poderei chamar "meu filho". Que gozo neste momento do enorme prazer e da óptima sensação que é saber que, dentro da minha vida vida, cabe outra vida, pequenina, frágil, mas desde já muito amada!
Beijinhos!
quarta-feira, 16 de abril de 2008
O que é?
Há dias e dias. E dias há em que não percebemos o que se passa connosco. Não entendemos o porquê de tanta raiva, de tanta ansiedade…
Respondemos torto a quem nos tem tratado direito, e não conseguimos desculpar as nossas atitudes.
Deito-me com uma lágrima acordada, e apenas adormeço quando a lágrima, inocente e muda, morre afogada na poça que se forma junto ao meu rosto. Quando acordo, não me recordo de nada. Apenas de me deitar…
Ao abrir a janela para ver como está o tempo, um sorriso nasce, inocente, envergonhado… Olho para a outra parte de mim, reflectida no espelho, e não entendo o que se passa.
Será alegria ou tristeza o que invadiu o me corpo??
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Já Gastámos as Palavras
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certezade que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de tinão há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
Eugénio de Andrade
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
É Mentira
Soube que chamam a isso “vida”, mas se é do meu choro e dos meus gritos mundos que tenho de me alimentar, prefiro … Já nem sei!
O que quero?
Apenas a verdade e nem mais uma mentira. Quero chorar com a dor da verdade, mas ter a certeza que poderei sempre confiar, por mais dura que seja a realidade.
Sou livre de não aceitar a vida assim. Sou livre de correr dentro de mim mesma até encontrar um canto onde me posso refugiar e chorar até mais não. Tenho o direito de gritar sem ninguém me ouvir, e quando o grito se transformar em lágrimas palpáveis, não quero que me peçam para ter calma, porque não tenho culpa. Não pedi para viver, e muito menos pedi para que me mentissem.
Tenho inúmeros defeitos. Tantos que nem me atrevo a revelar nenhum com medo de esquecer os outros. Mas a sinceridade é algo que tenho e de que muito me orgulho. Nunca me arrependi por dizer o que penso, mesmo sabendo que jamais poderia ter o que mais amo depois.
Se não conseguir dizer uma verdade, manterei o silêncio em vez de mentir. Tudo menos mentir. MENTIR!
Perde-se a confiança nos outros. Mas o pior é que perdi a confiança em mim mesma, pois pus as mãos no fogo por quem depois mentiu. Sou ignorante ao ponto de não reconhecer em alguém o carácter mesquinho de quem conta uma mentira, com a intenção de não ser percebido.
Sinto que fiz a tal “figura de parva” de que tanta gente fala, e que foi com gosto que me enganaram. Não sinto arrependimento na atitude, e isso está a corroer o mais profundo de mim.
Já não sei viver. Não sei o que é o pudor, a vergonha, o arrependimento. Ninguém mais age de acordo com princípios aparentemente tão simples…
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
25 de Dezembro de 2007
Mais um Natal passou. Mais lágrimas, mais tristezas, mais mágoas. Mas também mais alegria, mais amor, mais afectos.
Este foi um Natal um pouco diferente. Há três anos, fiquei em casa a lamentar a ausência da minha querida tia. Há dois anos, aborreci-me com o João, de tal modo que foi aí que começou o declínio da nossa relação! O ano passado, estive entre amigos, mas ninguém me conseguiu enxugar as lágrimas. Este ano, tive o privilégio de passar este dia com uma família maravilhosa. Apesar de quase não ter visto os meus pais, as pessoas que me acompanharam fizeram-me sentir a magia que as famílias podem transmitir, e encheram-me de tal modo de atenções que me senti… quase especial. Mas não irei esquecer a mágoa que o meu irmão me infligiu. O desprezo que senti da sua parte, e a falta de amizade que há muito não sentia. Mas, felizmente, tive ao meu lado a pessoa certa para me ajudar a erguer a cabeça, e fazer com que o resto do dia fosse melhor. E muito embora me tenha deitado lavada em lágrimas, é com enorme alegria que relembro o dia 25 de Dezembro de 2007.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Natal feliz

Esta é a altura do ano em que mais choro. Choro de saudade, de dor, de tristeza. Mas lembro-me que, em tempos, chorava de alegria...
O tempo passou, e trouxe-me a plena consciência de que nem tudo é bom. Enquanto eu tenho a possibilidade de festejar o Natal com algumas das pessoas que mais amo, existe muita gente que mendiga por um pouco de carinho, de afecto, de atenção. E enquanto choro por não poder ter a meu lado a minha tia mais querida, outros há que nunca conheceram seus pais, e sofrem sem ninguém que os console.
Toda a gente fala em paz, amor, alegria... Fal-se no perdão, na amizade, na tolerância... Mas como irá ser amanhã, quando as luzes se apagarem, quando voltaremos a arrumar o pinheiro artificial numa caixa para se conservar até ao próximo Natal, quando as prendas tiverem sido todas abertas?! Lembrar-nos-emos dos princípios que agora apregoamos? Perdoaremos o próximo sem razão aparente? Lembrar-nos-emos dos amigos que estiveram ao nosso lado nos momentos mais difíceis? Onde estará o amor pelo próximo? Onde estará a alegria?
As luzes, os presépios, as músicas natalícias... Tudo isso é belo, mas porque tem de durar apenas alguns dias?
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Falta de tempo? Talvez, mas nunca se pode usar essa desculpa quando se trata de trocar informações, desabafar, ou apenas escrever palavras soltas...
Muita coisa vai bem, alguma coisa vai mal, e até há coisas que não vão, de todo...
Vão muito bem o namoro, as relações interpessoais com colegas de trabalho, as compras de Natal...
Vão mal a satisfacção no trabalho, a evolução ambicionada, o desejo de crescimento...
Não vão as amizades mais antigas, a felicidade que elas me traziam, os convívios desinteressados...
E são essas amizades que falham que mais me magoam. Falo com mais frequência com pessoas que não conheço, que nunca vi a não ser através de fotografias trocadas. São essas as pessoas que me ligam para saber se estou bem, que me dão um palavra de apoio quando mais necessito.
Obrigada!
domingo, 18 de novembro de 2007
Olhar
Há uma semana atrás, nada era como agora a não ser essa sensação de bem estar que me invade até as entranhas mais profundas.
Bastou um olhar... Sim, apenas um olhar para perceber que não sei nada, e que o que parece certo não o é. Naquele olhar residiu toda a minha vida, todas as minhas certezas, alegrias, desejos... O mundo parou naquele instante, sem eu perceber como. E agora percebo que estava errada, que o caminho que percorria não passava de uma prova, de uma aventura, por mais querida que ela fosse.
Já passei por algumas desventuras, desilusões, mágoas e sofrimentos inexplicáveis. Conheci quem me batesse, conheci quem me possuisse enquanto dormia, violando o meu corpo e, pior do que isso, a minha mente e a minha integridade. Conheci quem me traisse, mas também conheci quem me amasse. De tudo isso, retiro a única lição válida: chegou a hora de ser feliz, muito feliz!
Naquele olhar nasceu a certeza que há pessoas que valem tudo, que merecem tudo. E no beijo inesperado surgiu a vontade inconfundível de agarrar a oportunidade tal como ela se apresentava: nua de preconceitos, de mentiras, de enganos, de incertezas. Nasceu a certeza de que estava a fazer a coisa certa, pelo menos desta vez, naquele instante. E nasceu a minha liberdade, por poder ser eu com alguém que, tal como eu, é transparente e me confia os seus segredos mais obscuros.
Confidenciei-lhe a parte "negra" da minha vida. Mostrei-lhe o espinho que atravessou a minha mente, e fiquei muito, muito mais leve...
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Sufoco...
Sinto a insegurança a invadir o meu corpo, e não me sinto bem...
Ouço no ar promessas de mudanças. Promessas que têm sido feitas nos últimos meses como se se tratasse de um caso de vida ou morte, mas não a mim. Falo de trabalho, de mudanças...
Ofereceram-me condições que não posso desdenhar, mas até que ponto existe a intenção se serem cumpridas? Vejo em meu redor dezenas de pessoas a queixar-se do que tem vindo a acontecer ou, melhor dizendo, do que não tem vindo a acontecer... Existem alguns meses de pagamento em atraso e apenas a resposta "Estamos a tratar disso!".
Tento entender até que ponto a proximidade geográfica será motivo suficiente para arriscar acreditar nas mudanças prometidas, mas mesmo assim, decido ficar...
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Segredo...
No máximo, falta de apetite, pois a inspiração está à minha espera, sempre, na esquina do computador mais próximo.
De tudo o que poderia contar, poucos são os episódios dos quais me sinto à vontade para falar sem medos de discriminações, de ter um dedo aponte sempre a condenar-me por algo menos correcto que possa estar a fazer.
Não tenho vergonha, nem tão pouco tenho sentimento de culpa sobre as minhas atitudes, pensamentos, aventuras, amores e desamores...
Sempre que amo, faço-o com o coração e coloco nesse sentimento uma entrega total e incondicional. Amo porque amo, e não porque quero ou gosto...
Penso com o coração, quase sempre. Isso tem a desvantagem de querer sempre ser humana nas minhas atitudes, embora muitas vezes não possamos ser totalmente correctos, pois entre duas decisões, nenhuma é mais certa que a outra.
Ajo sem pensar nas consequências. A única coisa que me importa é o presente, o dia de hoje. Amanhã, poderei sofrer as consequências de um acto irreflectido, mas prefiro isso à incerteza do que poderia ter sido. Arrisco tudo, mesmo tento absolutamente tudo a perder.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Hoje!
Hoje, foi apenas mais um dia. Mas por entre palavras soltas em conversas casuais, surgiram momentos de alegria e uma boa disposição crescente apoderou-se de mim. Hoje, senti-me bem.
Foi um daqueles dias em que parece que nada nos pode abalar. O sol que tão bem soube poderia ser substituído por uma tempestade, que nem isso iria alterar o bem estar que senti neste dia.
Não aconteceu nada de anormal. Não conheci ninguém novo. Não falei com ninguém diferente. Mas as situações aparentemente banais lembraram-me que estou viva, que acordo todos os dias para (felizmente) ir trabalhar, que tenho amigos disponíveis, e que nem o amor impossível faz com que me sinta mal.
Hoje, estou apenas feliz...
domingo, 28 de outubro de 2007
Coração
Há algo profundamente misterioso no amor.
De outra forma, como nos permitimos a paixões impossíveis, esperas longas e insensatas, e a sonhos megalómanos?
O amor só existe se for quase impossível, se o mundo que nos rodeia o quiser roubar, se a distância o alimentar, se os dias de ausência forem trocados por noites de inesquecível e inigualável prazer.
O amor só subsiste na dúvida, na incerteza, naquele toque que pode ser o último, no abraço que se perde no ar, no derradeiro olhar antes da separação.
O amor é a outra face da felicidade.
A face palpável e possível, a que se materializa num corpo perfeito, em carne, toque, bocas que se colam, mãos que se enrolam, pernas que se entrançam, cabelos, cheiros, beijos e línguas, enquanto o mundo lá fora cúmplice com o nosso prazer, a rodar mais devagar, silenciosamente, enquanto nos oferecemos um ao outro.
http://www.sonhadoremfulltime.blogspot.com/
Vida
Sofrerás um desgosto de amor, ou muito provavelmente mais do que um, e cada vez será mais doloroso que na vez anterior. Também partirás corações, por isso deves recordar como foi quando alguém quebrou o teu.
Chatear-te-ás com o teu melhor amigo, e talvez também te apaixones por ele.
Culparás um novo amor pelas coisas que um antigo te terá feito.
Chorarás porque o tempo passa depressa demais e perderás alguém que te é muito próximo.
Por isso, guarda imagens que te recordem os bons momentos, ri muito e ama como se nunca tivesses sofrido desgostos porque cada 60 segundo que passamos chateados ou preocupados é um minuto de felicidade que nunca recuperaremos.
domingo, 21 de outubro de 2007

Hojé, não é nenhum dia especial. Não tenho novidades para contar. Não tenho simplesmente nada de especial para dizer.
Mas na minha mente existe um turbilhão de ideias ansiosas por explodir, para se tornarem públicas.
Mas depois, surge a minha consciência que me manda ficar bem quietinha, sem dizer palavra alguma...
Mas por mais que me divirta e tente manter um ar feliz, há sempre algo que assombra os meus pensamentos... Uma incerteza, um medo, uma dor, uma ausência...
Como irei saber se estou a agir da forma mais correcta? Como irei perceber quando o momento tiver chegado de tomar uma atitude perante a vida e dizer BASTA!? Como sabemos que somos realmente felizes?
domingo, 14 de outubro de 2007
Fim... de semana

O fim-de-semana traz sempre imensa coisa boa...
Oportunidade de descansar, de sair sem horas para chegar a casa, companhias agradáveis...
Também traz música, alegrias, amor no ar...
Vêem-se casais felizes, abraçados, apaixonados...
E no outro canto da sala, estamos nós, sozinhos, à espera do dia em que essa será também uma realidade nas nossas vidas, e em que naquela foto estaremos nós com aquela pessoa, com aquele ar feliz...
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Quero...

"Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...
Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade
Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois
Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora
Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa..."
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Falando na primeira pessoa

segunda-feira, 8 de outubro de 2007
26 de Agosto
Sobre o melhor pano cai a nódoa... Quem somos nós para criticar? Mais tarde ou mais cedo, acabamos por entender o quão injusto fomos, e o quão injustos outros poderão ser se soubesses o que temos feito...
Obrigada pela mensagem primito. Deixei realmente de acreditar no que escrevi pelos motivos que ambos sabemos. Tal como disseste, "A vida está recheada de encontros e desencontros. Nem sempre somos o suficientemente fortes para agir da forma mais correcta, e acabamos por seguir os nossos instintos mais selvegens, por sinal os mais difíceis de controlar..."
Desculpa o julgamento demasiado leviano que fiz. E obrigada pela tua sincera amizade.