Desde pequena, sempre nutri uma grande admiração pelo Tweety. Não sei se seria a sua cabeça avantajada ou o medo de ele ser comido pelo gato que me despertavam todo o interesse, mas chorava sempre que o via numa situação de maior perigo.
Agora percebo que sempre gostei de proteger os mais fracos, os mais pequenos, os mais indefesos. Sempre me preocupei com aqueles que não tinham tantas capacidades para se defender como necessitariam... E sempre fiz de tudo para que esses não sofressem! Preferia absorver todas as dores, todos os prantos, todas as mágoas deles do que vê-los amargurados! E talvez por isso me tenha habituado a sofrer calada, a chorar em silêncio, a não aliviar os meus anseios em desabafos inúteis.
Conheço um provérbio oriental que diz o seguinte:
"Se tem remédio, porque te queixas? Se não tem remédio, porque te queixas?"
E a verdade é essa mesma: não vale a pena queixarmo-nos de um problema se sabemos que ele não irá mudar...