sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Adeus

É com grande tristeza que tive de me despedir ontem do meu querido avô. Sabemos sempre que o dia há de chegar, mas nunca estamos prontos para aceitar a verdade quando acontece.

Já há algum tempo que sabíamos que iria chegar o duro momento da despedida, e todos confessámos que não esperávamos que demorasse tanto a chegar, mas agora também percebemos que não conseguímos preparar o suficiente para receber a notícia.

Relembrei inúmeros momentos passados com ele, e todos eles são belos e cheios de sentimentos. Sempre pude contar com ele, e ele sempre olhou para os netos como as coisas mais lindas deste mundo. O nascimento da minha afilhada deu-lhe anos de vida em apenas algumas semanas, e era um prazer ver a cumplicidade que os unia.

Mas a vida tem dessas coisas. Quando tudo parece estar bem, algo acontece que nos faz pensar na razão de existir.

Em apenas dois dias, voltei a pesar os prós e os contras da minha existência. Primeiro com o acidente do Nuno na segunda-feira, e depois com a morte do meu avô na quarta. Mas sei que tenho de ter força, que não me posso deixar ir abaixo e sobretudo, que tenho amigos maravilhosos prontos a dar-me a mão sempre que eu precisar.