domingo, 18 de novembro de 2007

Olhar

Nem sempre encontramos as melhores palavras para expressar os nossos sentimentos. Quando pensamos saber tudo, alguém nos prova que não sabemos, na verdade, nada...

Há uma semana atrás, nada era como agora a não ser essa sensação de bem estar que me invade até as entranhas mais profundas.

Bastou um olhar... Sim, apenas um olhar para perceber que não sei nada, e que o que parece certo não o é. Naquele olhar residiu toda a minha vida, todas as minhas certezas, alegrias, desejos... O mundo parou naquele instante, sem eu perceber como. E agora percebo que estava errada, que o caminho que percorria não passava de uma prova, de uma aventura, por mais querida que ela fosse.

Já passei por algumas desventuras, desilusões, mágoas e sofrimentos inexplicáveis. Conheci quem me batesse, conheci quem me possuisse enquanto dormia, violando o meu corpo e, pior do que isso, a minha mente e a minha integridade. Conheci quem me traisse, mas também conheci quem me amasse. De tudo isso, retiro a única lição válida: chegou a hora de ser feliz, muito feliz!

Naquele olhar nasceu a certeza que há pessoas que valem tudo, que merecem tudo. E no beijo inesperado surgiu a vontade inconfundível de agarrar a oportunidade tal como ela se apresentava: nua de preconceitos, de mentiras, de enganos, de incertezas. Nasceu a certeza de que estava a fazer a coisa certa, pelo menos desta vez, naquele instante. E nasceu a minha liberdade, por poder ser eu com alguém que, tal como eu, é transparente e me confia os seus segredos mais obscuros.

Confidenciei-lhe a parte "negra" da minha vida. Mostrei-lhe o espinho que atravessou a minha mente, e fiquei muito, muito mais leve...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sufoco...

Quinta-feira... Já cheira a fim-de-semana.



Sinto a insegurança a invadir o meu corpo, e não me sinto bem...


Ouço no ar promessas de mudanças. Promessas que têm sido feitas nos últimos meses como se se tratasse de um caso de vida ou morte, mas não a mim. Falo de trabalho, de mudanças...


Ofereceram-me condições que não posso desdenhar, mas até que ponto existe a intenção se serem cumpridas? Vejo em meu redor dezenas de pessoas a queixar-se do que tem vindo a acontecer ou, melhor dizendo, do que não tem vindo a acontecer... Existem alguns meses de pagamento em atraso e apenas a resposta "Estamos a tratar disso!".

Tento entender até que ponto a proximidade geográfica será motivo suficiente para arriscar acreditar nas mudanças prometidas, mas mesmo assim, decido ficar...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Segredo...

Não será falta de tempo… Tão pouco será falta de histórias para contar…

No máximo, falta de apetite, pois a inspiração está à minha espera, sempre, na esquina do computador mais próximo.

De tudo o que poderia contar, poucos são os episódios dos quais me sinto à vontade para falar sem medos de discriminações, de ter um dedo aponte sempre a condenar-me por algo menos correcto que possa estar a fazer.

Não tenho vergonha, nem tão pouco tenho sentimento de culpa sobre as minhas atitudes, pensamentos, aventuras, amores e desamores...

Sempre que amo, faço-o com o coração e coloco nesse sentimento uma entrega total e incondicional. Amo porque amo, e não porque quero ou gosto...

Penso com o coração, quase sempre. Isso tem a desvantagem de querer sempre ser humana nas minhas atitudes, embora muitas vezes não possamos ser totalmente correctos, pois entre duas decisões, nenhuma é mais certa que a outra.

Ajo sem pensar nas consequências. A única coisa que me importa é o presente, o dia de hoje. Amanhã, poderei sofrer as consequências de um acto irreflectido, mas prefiro isso à incerteza do que poderia ter sido. Arrisco tudo, mesmo tento absolutamente tudo a perder.