segunda-feira, 20 de junho de 2005

Errar e perdoar

Todos nós cometemos erros... Mas será eternamente mais fácil apontar os erros que os outros cometem, sem tentarmos perceber a sua origem, nem o objectivo final previsto para certas acções!

Este fim de semana foi sem dúvida alguma um sonho tornado realidade para mim, mas para alguém que me é muito querido foi um grandecíssimo erro.

A verdade é que talvez eu não tenha agido da forma mais correcta para com essa pessoa, talvez tenha sido demasiada egocêntrica para pensar nas consequências reais de tudo o que fiz, mas também é verdade que acreditei que a minha felicidade iria ser de maior importância para quem demonstrou não se ter preocupado com esse "pequeno pormenor". Sei que essa pessoa se chateou comigo porque se preocupa verdadeiramente com o meu bem estar, e é sempre mais fácil magoarmos as pessoas que gostam de nós e de também nós mais gostamos.

Ainda há pouco dias trocava impressões com um amigo meu acerca de erros. Ele sentiu-se
injustiçado com uma situação em que esperava, provavelmente, ser elogiado e reconhecido pela sua prestatividade. Em vez disso, trataram-no como se ele tivesse apenas cumprido a sua obrigação. Foi aí que, ao tentar aconselhá-lo, compreendi que a dor dele deveria ser transformada em orgulho, pois o facto de o terem de certa forma repreendido significada algo muito mais intenso: ele é adorado por quem o desrespeitou. Apesar disso poder parecer bastante antitético, se cada um de nós se colocar na posição de quem ama, veremos que no nosso dia a dia praticamos a mesma injustiça de que o meu amigo foi alvo.

Quem pode dizer que nunca magoou ninguém? E analisando profundamente as mágoas causadas, quem de nós dirá que nunca magoou alguém por amor, por preocupação?

Como diz o antigo ditado, "Errar é Humano! Perdoar divino!"

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